terça-feira, 19 de janeiro de 2010

''E se...''

Numa viagem como outra qualquer, tudo pode acontecer. Desde fatos alegres até....Cicatrizes. Isso mesmo. Cicatrizes.
Acontece que nessa viagem, eu, minhas primas e meu primo tentamos explodir um muro e um do pequenos pedaços que se soltou durante a explosão voou como um jato no canto direito da minha testa, abrindo um corte onde dizem que dava-se pra ver o osso.
Mas logo fui ao pronto-socorro e deu tudo certo, apenas quatro pontos e uma unha quebrada.O que a gente não pode deixar acontecer e se deixar levar como se isso fosse ruim, cicatrizes não são tão ruins se você for analisar.
Elas são apenas a prova de que você viveu aquilo que diz ter vi vido.Mas o que é absolutamente inevitavel de se fazer é aquele pequena retrospectiva que fazemos do ''Se...'' .Não vou mentir, eu fiz isso. E quer saber uma coisa? Deu nisso:

''Se eu não tivesse ficado tão perto...
Se eu não tivesse a péssima ideia de filmar tudo...
Se a Ana não tivesse tido a ideia de estourar duas bombas ao mesmo tempo...
Se a gente não tivesse insistido tanto para recuperar as bombinhas que os ''mais velhos'' tinham escondido...
Se a ''ida ao centro'' não tivesse influenciado o Nícolas a ir junto...
Se a gente não tivesse tido a ideia de comprar bombinhas número 4 pra estourar no meio da rua...
Se a moça da lojinha tivesse se negado a vender bombinhas pra um garoto de 13 anos...
Se nós não tivessemos tanto espírito de porco...
Se a nossa cabeça fosse mais centrada a nossa idade e a nossa responsabilidade...
Se eu tivesse pensado um pouco mais antes de aceitar passar o Ano Novo longe da minha mãe...
Se eu tivesse ficado em Mogi...''

Mas pensando bem, se nada disso que eu disse tivesse acontecido, talevez eu não tivesse uma boa história pra contar. Talvez tudo seria diferente:
'
'Se eu não tivesse tão perto, a pedra acertaria outra pessoa.
Se eu não tivesse filmado tudo, não teria como descobrir como o pedaço do muro me atingiu.
Se a Ana não tivesse tido a ideia de estourar duas bombinhas ao mesmo tempo, não teriamos aprendido que duas bombinhas numero 4 juntas podem causar um GRANDE estrago.
Se a gente não tivesse insistido tanto pelas bombinhas, não teriamos visto a cena mais comica do mundo que foi quando explodimos o cone da pefeitura.
Se a ida ao centro não tivesse influenciado o Nicolas a ir njunto, não teriamos comprado as bombinhas que foram tão divertidas no começo.
Se nós não tivessemos o ''espírito de porco'', não teriamos nos divertido tanto.
Se nós fossemos tão centrados e responsáveis, não teriamos aproveitado nem metade do que fizemos.
Se eu tivesse pensado um pouco mais antes de aceitar vir pra Marcondes, teria me arrependido e ficaria em casa.
Se eu tivesse ficado em Mogi, teria ficado depressiva pela festa de Ano Novo mais caida da história.''

Bom...entre não ter história pra contar de um Ano Novo sem cictriz e elforia e um Ano Novo com muito sangue e uma cicatriz de quatro pontos, muita diversão e passeio....
Acho que eu prefiro ter passado por tudo o que eu passei e agora estar aqui, contando mais uma de minhas hitórias e com mais uma cicatriz pra provar tudo o que eu ja disse...
Afinal...se nada disso tivesse acontecido, eu não estaria aqui agora, digitando esse história no notbook da Mari na viagem de volta pra Mogi, dentro do carro da Sara, com a maior chuva la fora, ouvindo Cachorro Grande (no momento a música Sinceramente/Velha Amiga).Incrível como as coisas acontecem né? Se la no comecinho, o menor dos detalhes fosse alterado, nada do que eu estou fazendo agora estaria acontecendo. Por isso eu vivo intensamente cada detalhe, pois numa boa história, o que realmente conta é o final. E posso dizer com o maior orgulho, que esse final foi perfeito...

(4 de janeiro de 2010, 14:50h, Estrada Orlando Coagliato, LESTE km 393)

LM.